Porque as mulheres demoram quando vão ao banheiro?

Um amigo meu me surpreendeu ao pedir pra eu explicar essa pergunta inquestionável. Obrigada, Fernando Carelli. Mas vou respondê-lo sem muitos questionamentos, e sim com um exemplo mais do que comum: Imagine quando uma mulher está no seu máximo, louca pra fazer xixi, porém, ela está no meio da cidade, e só pode recorrer ao banheiro público? ( Sendo que, nós, as mulheres, aprendemos desde cedo que não devemos ir a um banheiro público por ser extremamente sujo, e que devemos levar papel higiênico sempre conosco, pra caso de emergência. Mas que se deve limpar a borda do sanitário, e colocar tiras de papel higiênico ao seu redor, e fazer o seguinte milagre: Sentar no vaso sem que o corpo tenha contato com o mesmo. Essa ''posição'' é totalmente um milagre, porque além de ser dolorosamente difícil de manter, sobretudo quando a bexiga está quase pra arrebentar. ) Beleza, procura-se um banheiro, e quando você acha, acha também uma fila enorme de mulheres, como se tivesse tendo uma promoção de sapatos lá dentro. Não resta outra opção, senão a esperar. Você olha pro rosto de cada uma dessas mulheres, e vê o sofrimento junto com as mãos e pernas cruzadas, um sorriso falso, quase que dizendo: ''só estou aqui pra mijar.'' Depois de se averiguar cada face sofredora, é a sua vez! Você olha lá dentro por debaixo de cada cabine, e estão todas ocupadas. Você espera. Até que alguém sai de uma cabine, e você quase atropela a moça. Você entra. Ao colocar a mão no trinco da porta, percebe que ... Não tem trinco. Tudo bem. Você procura um suporte pra sua bolsa e... Não há suporte. Tudo bem. Você pensa em coloca-la no chão, mas percebe que lá está cheio de liquidos indescifráveis, e papeis higiênicos sujos (porque a lixeira já está lotada!). Você resolve coloca-la no seu pescoço, vendo-a balançar, e vai: Faz a ''posição''. - AAAHH, QUE ALIVIO! Que sensação boa, Meu Deus. Mas aí, algo acontece. Suas coxas começam a tremer (enfim, está suspensa no ar a quase 2 minutos, e suas pernas estão flexionadas) a calcinha te corta a circulação das coxas, seu braço estendido a fazer força na porta pra não fechar, e sua bolsa de 4 quilos a te sufocar e cortar o pescoço! Para tirar a tua mente dessa desgraça, você procura o rolo do papel higiênico, mas não há! O suporte está vazio! Ai você se lembra e reza pra que na sua bolsa de 4 quilos (que no momento parece ter 1 tonelada) tenha ao menos um fiapo de papel higiênico. Mas pra procurar o papel, tu tem que soltar a porta. E aí? Espera um momento certo, na hora em que solta a porta e sua mão voa em cima da bolsa, e suas pernas continuam a cambalear, ai vem uma maluca e empurra a porta com uma força, fazendo com que bata na sua cabeça, e você fique tão zonza e desorientada, que sua única reação é dar um empurrão brusco e gritar: TEM GEEENTE, PORRA! To mentindo? Rum. Beleza, depois dessa nenhuma mulher se atreveu a encostar na sua porta. Você procura o papel higiênico, se enxuga. Sem contar o galo na sua testa, a ardência no seu pescoço por causa da bolsa, tuas coxas além de marcadas pela calcinha, estão doloridas , sem tirar o suor te escorrendo pela testa. Tudo bem. Você sai com uma certa pressa e fadiga, lava as mãos, e mesmo sem achar papel pra enxuga-las, passa as mãos na calça e pronto, sai rapidamente. Ao chegar lá fora, teu marido\namorado\irmão chega e te pergunta: ''Porque demorou tanto?'' Ai você imagina se tuas amigas tivessem lá. Enquanto uma segura tua bolsa, outra segura a porta, e a outra te dá o papel higiênico. Tá ai, a razão para as mulheres irem juntas ao banheiro, é a solidariedade.